PONTO DE RUPTURA

Em 2008 escrevi um livro chamado Ponto de Ruptura Desafios da Sociedade Sustentável, onde abordo que está ocorrendo um processo de ruptura na sociedade, com a mudança de uma serie de comportamentos, que até então eram baseados em princípios cartesianos mecanicistas, para comportamentos que consideram uma visão mais sistêmica e holística da vida, demonstrando que estão todos interligados.
A sociedade anterior enxergava os comportamentos do mundo de forma separada, não interligados, considerando que o nosso ambiente está circunscrito à minha cidade, ou estado ou, país. Hoje o que temos presente é a relação de rede, com a percepção de que tudo esta interligado. A nova epidemia do CONVI 19 vem a comprovar que a morada de cada um de nós, não é mais a localidade, a região ou o país em que vivo, mas que a nossa morada é o planeta e, que nele somos seus hóspedes.
Esta experiência do CONVID 19, assim como o já conhecido aquecimento global, também mostrando a interligação entre tudo e todos, mostra claramente que os líderes, os gestores, os administradores, necessitam migrar urgentemente de uma visão cartesiana de construção de caixinhas, separando os assuntos o que resulta numa visão míope do contexto em que vivemos. Temos que migrar para uma visão baseada no pensamento sistêmico, que compreende a realidade como um todo integrado, compreendendo que muitas vezes o todo é mais que a soma das partes. Necessitamos migrar de sistemas hierárquicos, para sistemas em redes de pensamentos: de racional para intuitivo; de reducionista para holístico; de linear para não linear; de competição para cooperação; de dominação para parceria.
Sabemos que algumas empresas já estruturam os seus sistemas de gestão, levando em consideração uma visão ampla dos seus negócios e, refletida em um planejamento estratégico robusto, considerando diversas variáveis na elaboração do mesmo. Enquanto isto, muitas delas ainda têm dificuldades até mesmo de entender o básico de uma visão de médio/longo prazo das pequenas variáveis, que não são consideradas pelos gestores, numa visão mais ampla.
Dizem os especialistas em neurociências que aproximadamente 87% das nossas decisões são de cunho emocional e, as demais, 13%, são de cunho racional. Portanto são nossas emoções que decidem a maioria das vezes e, elas estão baseadas em nossas crenças. Crenças são tudo aquilo que acreditamos ser uma verdade, mas uma verdade para nós, não necessariamente uma verdade para o outro.
Quem exerce as tomadas de decisões é o líder, lembrando que exercer é um exercício. A indagação que fica é que tipo de exercício de liderança você tem feito? (o líder de si mesmo, líder empresarial, líder educador…) Como podemos ser um Líder de Alta Performance?
Sabemos que é uma tarefa difícil fazer esta caminhada sozinho. Deve-se a esta o crescimento exponencial das atividades de Coaching. As pessoas estão sentido a necessidade de dar um novo significado para sua carreira e sua vida pessoal, “ressignificando” suas crenças e, com isso ampliando a sua visão de mundo.
Como bem diz JRM, “Quanto mais me conheço mais me potencializo”.
Luiz Felipe Hoff
Coaching Executive e Consultor de Sistema de Gestão