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Sindicato dos Administradores no Estado do Rio Grande do Sul

GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE: INTELIGÊNCIA, CRIATIVIDADE E AÇÃO

GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE: INTELIGÊNCIA, CRIATIVIDADE E AÇÃO - O SINDAERGS – Sindicato dos Administradores no Estado do Rio Grande Sul, representa os Administradores gaúchos.

O momento que vivemos é sem precedentes, nada é comparável aos impactos do Covid-19. Nenhum tema parece ter mais sentido, do que falar sobre reflexões de como podemos lidar como administradores neste futuro incerto, porém cercano. Passaremos por essa epidemia, mas com perdas de todos os tipos e com certeza nosso ambiente e as pessoas serão diferentes. Seremos provavelmente mais humanos (ética, moralidade e respeito aos outros), mais pobres em geral, com um avanço surpreendente no segmento de baixa renda e o desaparecimento de micro e pequenos empreendedores (um típico exemplo de seleção natural Darwinista), e a liquidez passará a ser o componente crítico da sobrevivência. Interessante notar, que a distribuição de renda será ainda pior e que os fundamentos do capitalismo “selvagem” entrarão em campo de forma oportunista contra os mais vulneráveis.

O foco no cliente continuará, mas como será este cliente? Quais serão suas novas necessidades e possibilidades? Parafraseando o Prof Rolf Hass “…a inteligência financeira que faz a função da bússola, permitindo às empresas identificar seu norte e com isso dar o adequado suporte ao processo decisório ajustando o risco”. Perfeito, mas eu acrescentaria que as finanças são apenas uma parte da gestão estratégica, mas a analogia serve para todos os setores da empresa seja do marketing, aos processos industriais e a gestão de pessoas.

Mas o conhecimento se perderá? Obviamente que não, as novas tecnologias e o foco nas inovações já estão incorporados na nossa sociedade, a questão será a adaptação e o equilíbrio entre a equação “entregar valor ao cliente” e “ quais são as reais necessidades e como poderemos aplicar”.

No entanto, alguns setores se consolidaram em razão desta pandemia. Por exemplo, a logística, as vendas e a entrega de compras on line (tínhamos conversão menor de 5% e desistência do Carrinho de compras de cerca de 80%), a utilização da tecnologia digital para uma infinidade de utilizações como video conferencias, treinamentos, educação e muitos outros. Antes da consolidação do Plano Real muitas empresas descobriram e aprenderam como vender para este gigantesco mercado da baixa renda como por exemplo Casas Bahia (“ o slogan que depois for retirado: Quanto você quer pagar?), outras surgiram por inovações produtivas como a Grendene e suas “Melissinhas”, a tecnologia computadores e telefonia teve enormes avanços. O mercado financeiro se ajustou, até certo ponto, ao novo perfil de risco, naquele período inflacionário que corroía salários e piorava a distribuição de renda. Podemos dizer, que o perfil do brasileiro tinha uma capacidade de adaptação enorme contexto de crise, talvez as gerações mais novas como os Millenials e a Geração Y não saibam disso.

Então, meus colegas administradores, vamos colocar em pratica, em pouco tempo, com Inteligência e Criatividade, os fundamentos ainda muito uteis que apreendemos nos bancos das Escolas de Administração, sem perder o foco no entendimento deste novo cliente, dirigir as forças criativas e de inovação para as novas necessidades, buscar maior produtividade. Boa sorte que Deus nos proteja!

Dr. Gabriel R D Levrini

Prof  da ESPM- Sul 

Sócio da Neurometrics Brasil

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